"Vet Witch Project"....

NOTA: Esta narrativa refere-se inteiramente a factos reais (apenas algumas emoções poderão ter sido um pouquinho exageradas para enfatizar o suspense).

Para o "Pinky" e o "Pena-do-C*", por terem vivido comigo esta aventura


O dia, não era o certo, mas o significado estava lá. Era o 30º dia do mês de Março do ano de 2008. Celebrava-se... O DIA DA BESTA (06.06, eleito o Dia Anual da Besta e do Jantar de Pra... Recepção dos caloiros da Tuna(:P) por todos os tunos da Vetuna que viveram juntos o original, no dia 6 de Junho de 2006)!

A noite era solene. Os tunos reuniam-se para acolher os caloiros de mais um ano. O jantar aconchegava os estômagos. A Sangria aquecia as vozes e os corações de todos. A alegria preenchia o ar, assim como alguma nostalgia.

Mas nenhuma daquelas almas inocentes, que ali festejavam em ambiente fraterno, podia imaginar o que os aguardava fora das portas daquele lugar que os acolhia. Nenhum deles se podia ter preparado para o que a noite lhes reservara. Muito menos eles os três.

O jantar terminou. Os pagamentos foram feitos. Os últimos copos pedidos. Os três ficaram para trás, iam a conversar. Ela estava feliz e um pouco comovida. Finalmente tinham-lhe feito uma serenata, e a letra estava simplesmente perfeita, em todos os versos. Eles brincavam e davam-lhe o seu carinho. O ambiente era aquele que se devia sempre viver entre tunos.

A faculdade à noite era um pouco assustadora. Os corredores compridos, escuros, assemelhavam-se em tudo com os de um qualquer hospital abandonado de um filme de terror. Mas aquela era a sua casa. Ali, todos os tunos se sentiam como se podessem andar vendados, porque nenhuma esquina tinha segredos para eles. Conheciam-na como mais nenhum aluno.

E por isso mesmo, eles os três não tiveram receio de ficar para trás, de se deixarem atrasar, no meio das parvoeiras, enquanto todos os outros se afastavam pelo corredor escuro e frio, que se alongava como um corredor sem fim de um pesadelo. A bebida já fazia balançar um pouco os seus pés, mas estavam juntos e em "casa", não havia problema. Aquele chão já os tinha acolhido muitas vezes.

Eles conheciam todos os cantos. Ou assim pensavam.

Surpreendentemente, ao chegar a uma esquina (dessas, que não lhes guardavam segredos) algo lhe despertou a atenção.

- O que é isto? - perguntou ela.

E, sentindo no seu interior algo que lhe dizia que a evitasse e seguisse pelos caminhos seguros que eles tão bem conheciam, encaminhou-se para aquela porta que os chamava, aberta, escura. Algo não estava certo. Eles sabiam. Mas apesar de tudo eles entraram na sala e acenderam a luz........

Nada os podia ter preparado para o que os aguardava ali dentro. O terror que se apoderou deles fez parecer uma eternidade os poucos segundos que lhes levou a perceber que se encontravam numa despensa. O pior espaço de uns poucos metros quadrados onde já tinham estado. Ela, de olhos esbugalhados, só conseguia murmurar "Mas como é que nem sabíamos deste lugar?". Ele, não conseguia escolher qual a pior prateleira. Ele agarrava as tranças, não fossem elas espetarem-se no ar, tal era o terror com que se deparavam.

Nunca esperaram que aquelas prateleiras se escondessem ali, numa porta, igual a tantas outras portas daqueles corredores escuros, compridos, frios. Aquelas portas que se assemelhavam em tudo com as de um qualquer hospital abandonado de um filme de terror. Nunca esperaram que na sua "casa" os aguardasse, ao fim de tantos anos, aquela surpresa. Que num canto escondido daquele lugar que tão bem conheciam, se escondessem aquelas personagens. E eram tantas, tantas....

(se acharem que têm coragem para prosseguir, continuem para baixo)

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"Pena" censurado para não ser possível ver a sua cara de pânico enquanto lutava para fugir ao "Cabeças", que o perseguia avidamente

LINDO:D Só tive pena de não conseguir tirar mais fotos:)
Para que conste, não levámos nada escondido nas capas para casa:)